Dom é uma palavra que vem do latim donu. Significa dádiva, presente. O dom, é uma capacidade especial inata. Na prática, um dom é um potencial para desempenhar com alguma facilidade determinadas tarefas que são complexas para a maioria das pessoas. Este é o fato de certas crianças desenharem bem, outras tocarem um instrumento musical com desenvoltura ou aprender números ou trabalhos manuais.
Um dom não é condição suficiente para caracterizar um gênio. Qualquer indivíduo pode ter um dom. Já um gênio tem, sim, um dom. Mas na genialidade há algo que a ciência ainda não explica.
Quando citamos Beethoven, Mozart, da Vinci ou Pelé como exemplos de pessoas que tivereram um dom especial, não poderemos excluir o Seu Mané Mecânico – que descobre em poucos segundos qualquer problema de um carro, e o conserta como ninguém. Aqueles tinham um dom e também foram gênios. Já o Seu Mané apenas tem um dom.
E o que é talento? O talento se parece muito com o dom na sua essência. Mas tem origem diferente.
O talento é uma tendência ou um gosto especial que pode ser desenvolvido. Mesmo que exista algum componente genético, qualquer talento depende de três atitudes para atingir sua plenitude. O talento depende de treinar muito; ter disciplina: olhe para os atletas, por exemplo; e perseverança: persistir na busca dos resultados.
Isto só confirma a ideia de que “todo talento é 1% inspiração e 99% transpiração”.
E como ficam aqueles que têm dom, mas não têm talento? Estes são um desperdício, nasceram com algo especial, mas não foram lapidados como deviam. E tem também os “desligados”, aqueles que, mesmo tendo tido boas chances, não se esforçaram para se desenvolver. Deles é que se diz: “D-us dá asas para quem não quer voar”.
Thomas Jefferson, um dos primeiros presidentes dos Estados Unidos, comentou com muita sabedoria: “Eu acredito muito na sorte. Quanto mais duro eu trabalho, mais sorte eu tenho”. Isto equivale a dizer que inspiração sem transpiração de nada vale.